SCYTHE
Idade recomendada | 14 anos |
Duração | 90 minutos |
Número de jogadores | 1 a 5 jogadores (mais com as expansões) |
Equipe criativa | Jamey Stegmaier (designer), Morten Monrad Pedersen (designer), Jakub Rozalsk (artista) |
Editora | Ludofy Creative / Fire on Board Jogos |
Ranking Ludopedia | 16º lugar (nota 8,7) |
“Em algum lugar da Europa, em meio a uma neblina, agricultores matutinos faziam seus trabalhos cotidianos. Repentinamente um tremor ocorre, e saindo da neblina surge uma estranha máquina colossal, uma dádiva tecnológica dada por Nicolau Tesla para grandes líderes. Mal o cientista sabia que estas bestas mecânicas, chamadas de ‘mechs’ seriam utilizados como um instrumento simbólico de dominação territorial. Para os agricultores... só mais um dia de trabalho.”
Em Scythe, os jogadores assumem o papel de líderes de facção caídos em busca da recuperação de sua honra. Para isso tentarão aumentar sua influência pela região acumulando riquezas. Com uma mistura de jogos de economia, produção e um pouco de jogo de guerra, Scythe abre possibilidade para os jogadores criarem estratégias de como alcançar mais rapidamente seus objetivos.
Como falado antes, o vencedor é aquele que mais acumulou riquezas. No entanto, a forma de se encerrar uma partida é quando um dos jogadores concluir 6 “marcos”, o que seria conclusão de uma determinada ação, as quais podem ser a de construir todas as estruturas, construir todos os mechs, alcançar o máximo de reputação e etc.
A realização de um marco é representada por um marcador em formato de estrela que é posicionado no tabuleiro do jogo no local que indica a realização que o jogador fez. Quando o primeiro jogador alcança esta meta de conclusão de jogo, ocorre a contagem de pontos que são representados pelas moedas do jogo, adicionadas à pilha de moedas que o jogador pode ter acumulado durante a partida.
Dica da Cabana: invista numa alta reputação, pois ela faz uma grande diferença na acumulação de moedas ao fim da partida.
O grande chamariz de Scythe, além de seu maravilhoso trabalho artístico, está nos mechs, representados em belas miniaturas detalhadas, juntos aos seus respectivos líderes de facção. Os mechs nada mais são do que grandes tratores no tabuleiro, capazes de deslocar um número qualquer de trabalhadores e seus recursos produzidos, além de ser uma tremenda força intimidatória no tabuleiro. Os jogadores adversários devem pensar bem quando devem ou não atacar seus adversários, afinal além dos custos para ambos os lados, a recompensa do combate (um marco) pode não ser tão positiva, abrindo margem até para outros jogadores oportunistas se aproveitarem de facções enfraquecidas pelo combate anterior tenham vitórias fáceis.
O mesmo se reflete na decisão de levar um mech ou líder de facção a tomar um território ocupado por simples trabalhadores. Embora seja uma tarefa simples, a reputação da facção invasora é enfraquecida. Afinal, num período de pós-guerra, uma ameaça direta contra pessoas que deveriam depositar esperança nesses líderes é algo abominável.
Como podemos ver, Scythe é um jogo complexo. Exige um pouco de experiência no hobby dos boardgames, no entanto rende uma excelente competitividade entre os jogadores pelo conflito velado que cria na colisão das estratégias dos jogadores.
No entanto, não podemos negar que existem pequenos problemas neste jogo. O principal reside no apelo comercial, que acaba provocando um interesse equivocado por ele: vendo imagens de soldados com armas pesadas, e robôs gigantes, o jogo erroneamente é levado a ser tratado como um jogo de combate, sendo este aspecto algo bem pequeno para o jogo.
Outro problema está na conclusão da partida: dependendo do desenvolvimento da mesma, ela termina e os jogadores nem sentem, simplesmente contando os pontos e, talvez, dando um tapinha nas costas do vencedor. Aparentemente, com outras expansões, surgem variantes para uma conclusão mais interessante.
Por fim, dependendo do tipo de jogadores, há o fator ritmo: é exigido um tempo de dedicação para que ocorram as partidas (90 a 240 minutos), algo que pode afastar quem só quer passar um tempo descomprometido. Se o grupo for capaz de passar por cima disso, eles estarão servidos com um dos melhores jogos de produção/economia do mercado.
Daniel Bandeira em "Cartas na Mesa – As Famigeradas Mesas Pagas"
Mike Wevanne em "Mas Peraí… O que é Wiseguys - The Savage Guide to Organized Crime?"
Marcus Mauro em "Adaptação - Hotline Miami • Savage Worlds"
Elfowo em "Adaptação - Hotline Miami • Savage Worlds"